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  1. Apr 2024
    1. garantir a representatividade de diferentes grupos sociais dentro e forado espacgo museoldégico (CHAGAS, 1994). Assim, grande parte dos museustém se empenhado cada vez mais para abrir as portas as comunidades que oenvolvem, fazendo com que elas participem do seu cotidiano e das decisdesrelacionadas a guarda do acervo e as exposicées.

      Mas ainda sim note-se que trata-se de uma participação nos moldes da reunião de condominíno conforme critica Isabele Stangers, em O tempo das Catastrofes, os problemas já estão formulados antes mesmo de serem apresentados aos sujeitos, de modo que ainda existem critérios demasiado aprisionadores e domesticadores, condicionando drasticamente os cercamentos onto-epistemicos sobre os objetos. Note-se as discussões de preservação patrimonial e sua negação do perfil semântico de destruição enquanto categoria positiva, No noroeste da África, os Batamaliba são conhecidos pela sua arquitetura singular. Suas casas são especialmente apreciadas, no Ocidente, pela sua forma estética. Há alguns anos, a Unesco tombou muitas dessas casas como “patrimônio da humanidade” (http://whc.unesco. org/en/list/1140). Ocorre no entanto que, do ponto de vista nativo, as concepções de casa e de arquitetura não coincidem com as concepções ocidentais. Esse fato fica evidente em um estudo produzido pela antropóloga Suzanne Blier que explora a cosmologia subjacente a essa arquitetura (Blier, 1987). Primeiramente, as casas são construídas para abrigar famílias extensas. Além disso, são pensadas pelos Batamaliba como seres vivos. Eles as descrevem usando como referência as diversas partes e o funcionamento do corpo humano: uma casa tem cabeça, pernas, braços, boca, partes sexuais etc. Ela deve ser cuidada, alimentada, protegida, como qualquer ser humano. Cada uma das casas tem uma biografia que se confunde com a biografia do homem mais velho da família. Quando este morre, a casa tem necessariamente de ser demolida. Algumas de suas partes são usadas para os descendentes construírem uma nova casa.

    2. massimcomoumespaco quepromoyeoconhecimentodadiversidadedopatriménio

      Mas ainda sim há um forte apelo a Exotização, grave problema, sobretudo na perspectiva de Mbembe. Pensemos no ANTI-MUSEU. O conceito de anti-museu proposto pelo filósofo camaronês Achille Mbembe é uma crítica radical à instituição museológica tradicional e à sua forma de apresentar e interpretar o passado, particularmente no contexto colonial e pós-colonial.

      Mbembe argumenta que os museus, em sua maioria, perpetuam uma narrativa eurocêntrica e colonialista, silenciando vozes e perspectivas marginalizadas, e apresentando artefatos como objetos exóticos e desprovidos de sua história e contexto social original. Ele critica a forma como os museus frequentemente separam os objetos de seu contexto de origem, apresentando-os como peças estáticas e desprovidas de significado cultural vivo.

      Em contrapartida ao museu tradicional, Mbembe propõe o conceito de anti-museu como um espaço de hospitalidade radical, onde diferentes vozes e perspectivas possam ser representadas de forma mais justa e equitativa. Esse espaço alternativo teria como objetivo:

      Descolonizar o conhecimento: Desafiar a narrativa eurocêntrica dominante e dar voz a perspectivas marginalizadas e subalternas. Re-contextualizar artefatos: Apresentar os objetos em seu contexto social e cultural original, reconhecendo sua história e significado para as comunidades de onde foram provenientes. Promover a participação ativa: Envolver as comunidades na curadoria e na gestão do anti-museu, reconhecendo seu papel como agentes ativos na construção de sua própria história. Facilitar a reconciliação: Criar um espaço para o diálogo e a reconciliação entre diferentes grupos sociais, confrontando os traumas do passado colonial. O conceito de anti-museu de Mbembe ainda está em desenvolvimento e aberto a diferentes interpretações. No entanto, ele representa um importante desafio à museologia tradicional e um convite para repensar o papel dos museus em sociedades pós-coloniais.

      Alguns pontos importantes a serem considerados sobre o anti-museu de Mbembe:

      Não se trata de negar a importância dos museus: Mbembe reconhece o valor dos museus como espaços de preservação da memória e da cultura. No entanto, ele critica a forma como os museus tradicionais operam, muitas vezes reforçando desigualdades e silenciando vozes marginalizadas. O anti-museu é um espaço em constante transformação: Não existe um modelo único de anti-museu. Cada anti-museu deve ser desenvolvido em diálogo com as comunidades e os contextos específicos em que está inserido. O anti-museu é um projeto político: A criação de anti-museus é um ato político que visa desafiar as relações de poder existentes e promover a justiça social. O conceito de anti-museu de Mbembe tem inspirado diversas iniciativas em todo o mundo:

      Museu do Quênia: O Museu do Quênia foi reaberto em 2018 após uma ampla reforma que incorporou princípios de descolonização e participação comunitária. Memorial do Holocausto dos Estados Unidos: O Memorial do Holocausto dos Estados Unidos em Washington, DC, utiliza diversas ferramentas para promover o engajamento ativo dos visitantes e confrontar as questões de memória e trauma. Truth and Reconciliation Commission of South Africa: A Comissão de Verdade e Reconciliação da África do Sul utilizou depoimentos públicos e exposições para lidar com o legado do apartheid. Embora o anti-museu ainda seja um conceito em desenvolvimento, ele oferece um caminho promissor para repensar o papel dos museus em um mundo cada vez mais globalizado e interconectado.

    3. forma pela qual se discute a Histéria Local emsala de aula contribui para a formacao das identidades dos estudantes, é afque reside a sua importancia fundamental.

      como isso pode ser exequível em cenários de descontinuidade das políticas de governo, e diante de uma proposta de ensino que se pretende Nacional, quiça Global a medida em que visa atender critérios neoliberais de produção?

    4. 0localeaformacaodasidentidadestambémfoiexploradanainvestigacaodeGeysoGerminari(2010),quando buscoucompreenderquaiselementosdahistoriadacidadedeCuritibaestavampresentesnaconsciénciahistérica dos/as jovensescolarizados/asdomunici-pioecomotaiselementosconformavamaconstrucaodassuasidentidades.

      Há que se pensar em qual relação hoje é estabelecida a partir das experiências nômades dos jovens, sobretudo, em seu processo de escolarização, haja visto o processo de implementação de tecnologias digitais que acaba solapando habilidades analógicas e experiências mais locais ou mesmo que propõe assuntos alienígenas em detrimento das demanadas dos estudantes. Maiormente, a SEDUC-SP está em um processo de terceirização e espoliamento da educação, impondo plataformas aos professores e aplicando sanções aos gestores a fim de garantir cumprimento dos objetivos políticos adotados pela alta cúpula.

    5. Pelo trecho em questao, percebe-se como 0 autor delimitava o conceito delocalidade a referenciais estritamente politico-geograficos.

      Refere-se a definição inicial de Pierre Goubert

  2. Mar 2024
    1. De los omnes que queman monte

      De los omnes que queman monte

    2. I. TITOL DE LAS QVEMAS Y DE LOS QVEMADORES.

      LAS QVEMAS Y DE LOS QVEMADORES.

    3. I. TITOL DE LAS QVEMAS Y DE LOS QVEMADORES.

      DE LAS QVEMAS Y DE LOS QVEMADORES

    1. iografias como estas nao fario apenas com que o relatério do historiador fique mais agradavel, mas também irdo criar um banco de dados que dificilmente poderia ser criado de qualquer outra forma e, no decorrer da realizagao destas biografias, o historiador descobrird todo tipo de rede de relacgdes sociais, escondidos da Histéria dependente de documentos mas que, de qualquer forma, tinham um papel critico na vida da vizinhanga.

      O argumento de Samuel é que existe um nível das experiências históricas e relações humanas que têm como conditio sine qua non a existência do relato oral, a partir da História Oral. De modo que, uma vez obliterada essa possibilidade, o historiador não conseguirá restituir o processo histórico completamente, ou ao menos, não conseguirá elucidar o contexto experiencial no qual as demais documentações/fontes foram produzidas e eram mobilizadas.