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  1. Dec 2023
    1. De igual forma, Sartre considera que lo que hace sujeto al hombre es la elección, pues ella nos brinda un mundo de posibilidades y libertades, y nos hace seres indeterminados, ya que no tenemos un fin establecido, sino que por el contrario estamos en esa constante búsqueda del objetivo de nuestra vida, una búsqueda que es originada debido, según Sartre, a la carencia o sensación de que siempre nos falta algo, nos falta comprar, hacer, ser o tener algo, puesto que como no somos en-si, no somos compactos ni completos, sino que somos para-si, estamos sujetos al devenir, somos indeterminados.
    2. En lo que respecta a Albert Camus, quien expone su propuesta de existencialismo a través del mito de Sísifo, la existencia y la vida son absurdas, no tienen sentido, y la función de nosotros en este mundo es justamente dar algún sentido a nuestra existencia mientras llega la hora de la muerte. Para esto, la toma de conciencia sobre el mundo que nos rodea y en el que vivimos es un hecho fundamental, ya que de esta acción se deriva la elección, la posibilidad para elegir algún camino sobre el cual encarrilar nuestra vida.
    1. O filósofo alemão Martin Heidegger afirmava que uma existência autêntica envolve uma liberdade apaixonada em direção à morte. Uma vida com sentido depende, em partes, de um reconhecimento honesto e corajoso da própria finitude, mesmo que isso provoque angústia. Tal consciência do passar inexorável de todas as coisas não apenas nos dá uma melhor compreensão de quem somos, mas também nos deixa mais receptivos ao momento presente.
    2. É necessário considerar também que o fato de algo ser destruído não tira dele seu significado. A existência da morte ou da mortalidade em si não diz nada quanto ao sentido da vida, da mesma forma que um romance não-finalizado também não se torna sem sentido pelo fato de não ter sido completado por seu autor.
    3. A morte só é vista como uma ameaça por aqueles que já estão convencidos de que a vida tem um sentido. Se a vida não tem significado ou propósito intrínseco, então o cessar da vida é um desafio unicamente para a sobrevivência. Sem a falaciosa convicção de que a vida tem um sentido, a morte deixa de ser este absurdo ameaçador.
    4. De que adianta toda a beleza do mundo, conquistas gloriosas e tantos relacionamentos amorosos e se eles terminam na aniquilação total? A falta de propósito que sentimos diante da inevitabilidade da morte pode zombar da existência mais feliz e mais frutífera.

      Não faz muito sentido em relação à Reiko pq ela se sacrifica pelo filho no fim, esse pode ser um bom contra argumento

    5. Se considerarmos que criatividade, amor e serviço à humanidade podem ser fontes de sentido, fica claro que que uma vida pode ter significado e mesmo assim ser infeliz. Há também o risco de este significado endógeno se tornar um mero subjetivismo no qual tudo é válido, de modo que um estilo de vida baseado no consumo de drogas ou no sadismo seria tão válido quanto qualquer outro.
    6. Não se descobre o “sentido da vida” em um momento de grande revelação, mas em momentos nos quais diversos elementos se encontram de tal maneira a nos ajudar a compreender nossas histórias pessoais e coletivas. Estes momentos acontecem em empreendimentos criativos, na apreciação do belo e na euforia da descoberta.
    7. Se tudo é determinado pela matéria, se tudo é uma enorme cadeia de causa e efeito, então não há livre arbítrio e nem responsabilidade moral. Podemos até nos sentir livres, mas isso é apenas uma ilusão, ou o lado subjetivo da questão.
    8. “O que significa, aqui, dizer que a existência precede a essência? Significa que, em primeira instância, o homem existe, encontra a si mesmo, surge no mundo e só posteriormente se define. O homem, tal como o existencialista o concebe, só não é passível de uma definição porque, de início, não é nada: só posteriormente será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si mesmo. Assim, não existe natureza humana, já que não existe um Deus para concebê-la.” (Jean-Paul Sartre, O existencialismo é um humanismo).
    9. O filósofo francês Jean-Paul Sartre afirmava que a existência de um Deus designer escraviza as pessoas a uma essência pré-determinada. Assim como um apontador de lápis é projetado para uma função muito específica, também os humanos, se fossem projetados por Deus, estariam limitados por um projeto, por uma determinada concepção divina. Sartre afirma que, felizmente, Deus não existe e que, por esta razão, não somos artefatos que devem servir a algum propósito. Em sua famosa formulação na obra O existencialismo é um humanismo, ele afirma que “a existência precede a essência”, no sentido de que primeiro o homem existe, está no mundo, e só depois é que se define, que descobre o que é.
    10. Mesmo que o universo fosse apenas um amontado de eventos aleatórios, poderíamos criar sentido a partir dele.
    11. Se Deus é incompreensível aos humanos, como ele poderia ser a explicação última da razão de estarmos aqui ou a justificação última de nossa existência? Dizer que existe uma explicação além de toda capacidade de compreensão humana não é consolo algum para quem busca respostas.
    12. O pai da psicanálise afirmou que a partir do momento que uma pessoa se pergunta pelo significado e pelo valor da vida, ela está doente. Tais questões, segundo Freud, são uma indicação de uma libido insatisfeita, uma fermentação psíquica que leva à tristeza e à depressão,

      basicamente, se vc tá se perguntando isso, é pq n tá alienado o suficiente pelos prazeres da vida. O bonito nem disfarça

    13. Camus utilizou o mito de Sísifo como exemplo da condição humana. Se não há um objetivo final para nossa existência, se ela é apenas um amontoado de tarefas uma atrás da outra, então nossa vida é exatamente como a de Sísifo.
    14. A experiência cotidiana nos ensina que toda causa tem um efeito, e quando voltamos este princípio de causação para nós mesmos, buscamos identificar não apenas nossa causa material – como viemos a existir e possuir um corpo -, mas também a causa final, a razão de estarmos aqui. Enquanto seres humanos, tentamos encontrar padrões e finalidade em todas as nossas atividades, de modo que sempre que criamos um objeto, por exemplo, o fazemos tendo em vista algum propósito, tal como um lápis a fim de escrever e uma panela para cozinhar. Consideramos então, por analogia, que caso sejamos artefatos de um Criador, Ele deve ter nos criado tendo algum plano em mente, de modo que surge a questão: se existe mesmo um Deus, com qual propósito Ele nos criou?

      p

    15. Enquanto naturalistas, acreditam que a condição humana não possui um sentido intrínseco ou abrangente, de modo que lhes restaria encontrar outros tipos de sentido ou significado mais compatíveis com sua visão de mundo.

      [os ateus]

    1. Todos nós temos uma história. Ela é única e diferente de qualquer outra.  Ela existe antes mesmo do nascimento e é alimentada pelo contexto familiar e social, desejos dos pais, relações com aqueles que cuidam e protegem. Todos nós temos uma origem, pertencemos a algum grupo, fazemos parte de uma cultura. Esses elementos compõem nossa identidade e nos oferecem referências para construir projetos de futuro.
    2. O ser humano está em uma busca incessante por sua história. A investigação acerca das origens se faz presente desde a mais tenra idade. De onde eu vim? Como nasci? Quem é a minha família, quem são as pessoas a quem estou ligado? Para onde irei?
    1. Como será que um ser resultante de um processo evolucionário norteado por esse tipo de propósitos compreenderá a si mesmo e agirá no momento hipotético em que adquirir consciência?

      O autor parte de um princípio diferente, mas é um questionamento interessante. Como seria a consciência dos parasitas? Teoricamente, as consciências da IAs seguiriam o propósito de seus criadores, mas n temos como aplicar isso aos parasitas. A consciência da Reiko é bem similar à humana. Poderia ser por conviver com humanos ou por habitar o corpod e uma humana?

  2. Nov 2023
    1. pulsão de morte.

      q porra é essa??

    2. Lacan desvincula o supereu da proposta freudiana de herdeiro do complexo de Édipo, situando-o não mais como moral, o que propunha Freud, mas como amoral, um agente da pulsão de morte que impõe somente uma ordem: goze! Assim, para o supereu tanto faz se o sujeito goza obedecendo à lei ou transgredindo-a.
  3. Oct 2023
    1. sua filha já falecera aos 7anos de idade em Buenos Aires
    2. Ele amava a civilização marítima e toda a sua cultura oriunda do tempo dos fenícios, tornado-se para Bouts uma segunda profissão, complementando e enriquecendo sua Arte e seu pensamento.
    3. desdenhoso ao extremo não só de capelas artísticas, de apreciações e juízos críticos, como de exposições e salões oficiais. Foi inconformista por natureza. Não se interessava nunca pelo que o público pudesse pensar a respeito da arte, tanto a dos outros como a sua.
    4. Durante três anos, Bouts frequentou e ministrou na França cursos de filosofia da arte.
    5. Descendente de holandeses, foi por volta do final do século XVII ou começo do século seguinte que um de seus antepassados emigrou da Flandres para a França. Desse remoto bisavô flamengo, provêm todos os que têm esse nome na terra francesa.
    6. Bernard Bouts (1909, 1986)
    1. É um pouco como tento viver, em certos aspectos: sem julgar, apenas observando a realidade como ela se apresenta.A realidade não carece da minha aprovação ou reprovação. Ela simplesmente é. Eu simplesmente a percebo.
    2. Assim, diante do adultério ou do incesto, por exemplo, a moralidade os ataca, a imoralidade poderia defendê-los e a amoralidade apenas os vê como são. Sem chocar-se.
    1. Ué, mas todo mundo faz!', e com isso livrar-se do peso da culpa.
    2. contou, tranqüilamente, que copiava os textos desta coluna e os colava em espaço próprio, surrupiando a autoria. O amoral contou a história e ainda esperou por uma resposta de tolerância, um 'deixa pra lá' displicente. Não obteve. Indagado e informado da seriedade do ato, veio com a frase suprema da amoralidade: 'Ué, mas todo mundo faz!'.
    3. O que é preocupante, isto sim, é a negação do jogo. É a vó e a neta paulistanas confessando abertamente na mesa do jantar, em discreto contentamento pelo momento de cumplicidade de gerações: 'Ele rouba, mas faz'.
    4. A imoralidade tem cura. A amoralidade não. O imoral planeja, sorrateiramente, a fraude ao credor. Franze a testa sob o risco de ser apanhado e anda às espreitas, com desculpas na manga para o caso de ser pego. Não nega o sistema, apenas tenta superá-lo vez ou outra, num momento de distração. Mas não o ignora nem lhe dá de ombros. Procura apenas derrotá-lo, aproveitando-se de suas falhas intermitentes.
    5. Amorais estão entre os piores do pior da espécie humana. Não porque sejam os mais maldosos. Não são. Amorais são até dóceis. Mas são piores que os imorais, porque amorais são incorrigíveis. Pior, não contam com antídoto.
    6. O problema nacional não é a imoralidade congênita, e sim a amoralidade patológica
    1. O que temo é a ideia de que seria melhor não ter moral alguma do que alguma moral que impeça a alguma liberdade.
    2. Qual o medo de termos uma sociedade regida por robôs, algo tão apresentado nos filmes de terror futurísticos? Eles nos matam porque não sentem nada. São amorais, portanto.
    3. inúmeras pessoas que matam outras, que roubam e violentam outras pessoas. Muitos deles dizem literalmente: tanto faz! Estes amorais (pelo menos em relação ao crime) não veem problemas em matar o outro, pois não percebem no outro valor algum. Cabe aqui os políticos amorais. Acredito que a liberdade moral de escolher não aceitar moral alguma, é um equívoco perigoso.
    4. Vamos imaginar um sujeito totalmente neutro em relação aos valores sociais/culturais. Se isso fosse possível, teríamos um sujeito amoral. Suas escolhas seriam feitas de forma não relacionada à moral, aos valores do certo e do errado construídos pelas civilizações.
    1. Quando não há lei que defina que algo é moral e ou consequentemente imoral, portanto, a falta de uma definição de algo que gera senso de repulsa, de erro, engano, coloca o ato nesta categoria. E quem o pratica é amoral por definição de termos, mas não faz quem o pratique inocente, por ser um ato consciente
    2. Quando há a incapacidade intelectual, seja esta por questões de insanidade mental, ou por ser incapaz, por causa de sua idade imatura, como no caso de um bebê, um recém-nascido ou ainda um idoso, cuja idade lhe tenha tirado a capacidade mental, portanto, incapaz de julgamentos por não poder utiliza da razão para fazê-lo
  4. Sep 2023
    1. Cabe chamar atenção, antes de mais nada, para o fato de que, segundo a teoria piagetiana, sem que se estabeleçam trocas com o meio não há nem conhecimento nem ética possíveis.
    2. Segundo Piaget, um indivíduo tem personalidade quando elabora seu projeto de vida e age de forma coerente com os ideais que ele mesmo escolheu para si: "... dir-se-á, por exemplo, que um homem tem uma forte personalidade, não quando ele conduz tudo a seu egoísmo e permanece incapaz de se dominar, mas quando ele encarna um ideal ou defende uma causa com toda a sua atividade e com toda a sua vontade" (p.94). A individualidade vem a ser personalidade, na medida em que o eu renuncia a tomar o seu próprio ponto de vista como absoluto e insere a sua perspectiva particular no conjunto das perspectivas possíveis: "a personalidade é então uma síntese sui generis daquilo que há de original em cada um de nós com as normas da cooperação"(Piaget, 1965/1977, p.245). É somente em uma relação de respeito mútuo entre personalidades autônomas que é possível, simultaneamente, a diversidade e a igualdade. Para Piaget, somente um indivíduo que tenha uma personalidade autônoma - "... o produto mais refinado da socialização" (p.245) - é capaz de ação moral.
    3. Uma pessoa que não compreenda o princípio de contradição não pode ser ética; falta-lhe a condição a priori para sê-lo. Esse princípio, conforme demonstrou, é construído pelo sujeito nas trocas com o meio e, do ponto de vista psicogenético, aparece simultaneamente no pensamento e na ação: o primeiro torna-se lógico; a segunda, moral.
    4. A cooperação, ao contrário da coação social, não determina o conteúdo das normas e dos valores que devem ser observados; uma relação de respeito mútuo não impõe senão a norma da própria reciprocidade, que obriga cada um a se colocar no ponto de vista do outro.
    5. Na medida em que as trocas sociais são estabelecidas também com outras crianças (e não apenas com os adultos) e que a criança passa a ver os adultos como seus iguais (e não mais como superiores), desenvolve-se, ao lado da coação social, uma outra forma de relação inter-individual: a cooperação. Piaget chamou de cooperação "...toda relação entre dois ou n indivíduos iguais ou que se percebem como iguais, ou seja, toda relação social na qual não intervém nenhum elemento de autoridade ou de prestígio" (Piaget, 1965/1977, p.226).
    6. Em função dessa diferenciação, é possível que os afetos, até então ligados à atividade própria (o prazer e a dor; o agradável e o desagradável), e os sentimentos elementares de sucesso e de fracasso, de alegria e de tristeza dêem origem aos sentimentos inter-individuais.

      Essa diferenciação: sujeito - objeto

    7. Todavia, não se pode falar em moral sem a existência de normas: "toda moral consiste em um sistema de regras, e a essência de toda moralidade deve ser buscada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras" (p.1).
    8. a moralidade está enraizada nas ligações afetivas que se estabelecem entre os indivíduos: "... a condição primeira da vida moral [é] a necessidade de afeição recíproca" (Piaget, 1932/1992, p.138).
    9. como a partir do mundo amoral da criança pequena é possível ao homem agir eticamente. Ele herdou sobretudo de Bovet (1912) a idéia de que o estabelecimento de trocas inter-individuais é condição necessária para que esse processo evolutivo se concretize.
  5. Aug 2023
    1. a pejotização foi um processo presente entre 2015 e 2020 no estado. O cenário de incerteza econômica levou, por hipótese, empregadores a optar por formas de contratação de menor custo de demissão como uma forma de se preparar para a possível interrupção da produção.
    2. O fato de a decisão de pejotizar ser, principalmente, do empregador, entretanto, é um forte indício de que apenas esta parte do acordo é beneficiada.
    1. outra espécie de “direito” (as aspas são de rigor) cujo fundamento, como dizia Lefort, “não tem figura”, é marcado por um “excesso face a toda formulação efetivada”, o que significa que sua formulação contém a exigência de sua reformulação. É só assumindo esse excesso que a democracia pode existir.
    2. No entanto, é graças a ações como essas que direitos são ampliados, que a noção de liberdade ganha novos matizes. Sem elas, certamente nossa situação de exclusão social seria significativamente pior.  Nesses momentos, encontramos o ponto de excesso da democracia em relação ao direito. Uma sociedade que tem medo desses momentos, que não é mais capaz de compreendê-los, é uma sociedade que procura reduzir a política a um mero acordo referente às leis que atualmente temos e aos modos que atualmente temos para mudá-las (como se a forma atual da estrutura política fosse a melhor possível – levando em conta o que é o sistema político brasileiro, pode-se claramente compreender o caráter absurdo da colocação).
    3. Antígona que enterra seu irmão: em todos esses casos o Estado de direito é quebrado em nome de um embate em torno da justiça.
    4. Por essas razões, a democracia admite o caráter “desconstrutível” do direito, e ela o admite por meio do reconhecimento daquilo que poderíamos chamar de legalidade da “violação política”
    5. Por exemplo, nossa Constituição de 1988 não teve força para mudar vários dispositivos legais criados pela Constituição totalitária de 1967. Ainda somos julgados por tais dispositivos. Nesse sentido, não seriam certas “violações” do Estado de direito condições para que exigências mais amplas de justiça se façam sentir?
    6. Podemos dizer que um dos princípios maiores que constituem a tradição de modernização política da qual fazemos parte afirma que o direito fundamental de todo cidadão é o direito à rebelião.
    7. toda ação contra um governo ilegal é uma ação legal.
    1. níveis de 20 ng/mL (50 nmol/L) satisfazem a necessidade de pelo menos 97,5% da população.1818 Ross AC, Manson JE, Abrams SA, Aloia JF, Brannon PM, Clinton SK, et al. The 2011 report on dietary reference intakes for calcium and vitamin D from the Institute of Medicine: what clinicians need to know. J Clin Endocrinol Metab. 2011 Jan;96(1):53-8. Entretanto, o Ministério da Saúde, e o Conselho de Nutrição do Reino Unido, definem a deficiência de vitamina D como <25 nmol/L (10 ng/mL). Além disso, outros têm argumentado que o limiar da deficiência deveria ser significativamente mais alto, 50 nmol/L (20 ng/dL).1
    2. hipercalcemia

      NÍVEL DE CÁLCIO NO SANGUE MT ALTO

    3. Níveis séricos de 25 (OH) D> 100 ng/mL (250 nmol/L) inativa foram definidos como hipervitaminose D, enquanto níveis séricos > 150 ng/mL (375 nmol/L) foram propostos para definir a intoxicação por vitamina D pela Sociedade de Endocrinologia
    4. As manifestações clínicas da toxicidade por vitamina D são variadas, mas amplamente relacionadas à hipercalcemia, e incluem neuropsiquiátricas (como confusão, psicose, estupor ou coma), gastrointestinais (dor abdominal, vômito, polidipsia, anorexia, constipação, pancreatite), cardiovasculares (hipertensão, complicações com o intervalo QT, elevação do segmento ST, bradiarritmias, bloqueio cardíaco de primeiro grau) e complicações renais (hipercalciúria, lesão renal aguda (LRA), desidratação e nefrocalcinose).
    5. No Brasil, um relatório descreve um aumento exponencial na ingestão de vitamina D na última década, e seu uso indiscriminado e manipulações em preparações podem potencialmente aumentar a incidência de toxicidade da vitamina D nesse país.

      HYPERCALCEMIA AND RENAL FUNCTION IMPAIMENT ASSOCIATED WITH VITAMIN D TOXCICITY

    6. iatrogênica

      QUALQUER ALTERAÇÃO PATOLÓGICA CAUSADA POR UMA PRÁTICA MÉDICA

    7. anúria

      PARAR DE FAZER XIXI OU REDUZIR MUITO

    8. obnubilado

      ESTADO ALTERADO DE CONSCIÊNCIA NO QUAL A PESSOA NÃO CONSEGUE REAGIR A ESTÍMULOS EXTERNOS COMO LUZES OU CHAMADOS

    9. níveis séricos

      NIVEL DE UMA DETERMINADA SUBSTÂNCIA NO SANGUE

    10. descoberta da relação entre a deficiência de vitamina D e a epidemia de raquitismo no início do século 20, iniciou-se uma campanha de saúde pública para uma exposição solar controlada. Na década de 1930, as autoridades de saúde dos Estados Unidos tomaram medidas, e introduziram suplementação de alimentos, como o leite, para melhorar a ingestão e a concentração de vitamina D na população em geral.
    11. Além disso, em uma análise retrospectiva de dados do National Poison Data System (NPDS), a exposição tóxica à vitamina D aumentou de uma média de 196 casos por ano entre 2000 e 2005, para uma média impressionante de 4.535 exposições por ano entre 2005 e 2011.
  6. Apr 2023
    1. O artigo objetivou, nesse aspecto, apresentar o cuidado maternal como algo desvinculado da mulher, o que permite que familiares em geral participem no desenvolvimento da criança com cuidados semelhantes, o que contribui para diminuição da sobrecarga que as mulheres mães possuem principalmente no primeiro ano de vida do bebê.
    2. Dessa forma, conforme Badinter (1985), o amor é um sentimento humano como qualquer outro sentimento – medo, raiva, felicidade, etc. -, logo não decorre no simples fato biológico de gerar filhos. Assim, sendo um sentimento humano, é imperfeito em sua existência, logo pode existir, pode não existir, pode aparecer ou desaparecer, pode estar presente em maior ou menor intensidade. O amor materno é construído na convivência com os filhos, é conquistado.
    3. Ainda há uma cobrança muito agressiva do que significa ser mãe e qualquer desvio de rota é mal visto.
    4. Eu não amo ser mãe em uma sociedade que reserva a mim o papel de cuidadora inata, de Maria, de culpada.
    5. A questão que surge é: o que é ser mãe? Se no decorrer do artigo buscamos demostrar que ser mãe é uma construção social, dependente da cultura e da sociedade na qual está mulher está inserida
    6. Maria Berenice Dias9 que as mulheres permanecem reféns da visão sacrossanta da maternidade, que é considerada social e culturalmente como uma missão feminina, falando inclusive de “instinto maternal”. Essas são visões que retiram das mulheres a condição de pessoas capazes de tomar decisões acerca da própria vida. Assim, conforme Berenice, as mulheres não possuem ao menos o livre arbítrio para decidir se desejam ou não ter filhos, o que se confirma com a tentativa de proibição do uso de métodos contraceptivos10 e com a criminalização do aborto.
    7. puerpério

      pós gestação até a primeira menstruação. O corpo da mulher vai voltando ao normal após a gravidez e além dessas mudanças físicas tb sofre com mudanças emocionais e psicológicas

    8. Stevens7, “a multiplicidade da mulher está presente na figura da mãe”. Cada uma dessas mães defronta-se com novos questionamentos e novas realidades, sendo que delas se exige a adequação àquele cuidado maternal padrão advindo de discursos do século XVIII e início do século XIX. Todavia, a realidade individual de cada uma dessas mulheres faz com que lhes seja inviável essa adequação a um papel padrão de maternidade
    9. O papel de filho bem como o papel de mãe são frutos das práticas sociais. Assim, não é natural à mulher os cuidados maternos ou as funções atribuídas como tipicamente femininas. Por tal razão, não é desvio ou patologia a condição da mulher que se nega a ser mãe, ou melhor, que renúncia ao papel de mãe.
    10. cindida

      separada

    11. Na mesma medida em que as responsabilidades da mulher aumentaram com a assunção do papel de mãe também se aumentou a valorização do devotamento e do sacrifício feminino em detrimento dos filhos e da família
    12. Segundo tal discurso, esse seria o papel natural das mulheres e, portanto, a forma adequada de cuidado dos filhos, pois apenas a mulher era capaz de gestar e parir, sendo da natureza feminina a educação e os cuidados com a prole.
    13. com a ascensão da burguesia, há um deslocamento da autoridade paterna ao amor materno devido ao fato de a nova ordem econômica impor como imperativo, entre outros, a sobrevivência das crianças. Dessa forma, após 1760, houve a exaltação ao amor materno como um valor natural e social, favorável tanto a espécie como a sociedade, o qual incentivava a mulher a assumir os cuidados da prole.
    14. produção da subjetividade a forma pela qual os indivíduos percebem o mundo e apreendem sistemas de valores e sistemas de submissão, os quais modelam seus comportamentos, sua percepção, sua memória, sua sensibilidade e a forma como se relacionam2.
    15. Por muito tempo a maternidade foi concebida como função tipicamente feminina relacionada a natureza da mulher. Todavia, diversas revisões históricas a respeito da instituição familiar indicaram que é recente a exaltação ao amor materno, tratando-se de um mito construído pelos discursos filosófico, médico e político a partir do século XVIII.
    16. Assim, segundo Badinter (1985) o amor materno é um comportamento social, variável de acordo com a época e os costumes. A partir desse ponto, a questão que surge é como ressignificar a maternidade hoje.
  7. Mar 2021
    1. A energia é provida pelo Sol em abundância e todo o ”lixo” de uma espécie é alimento de outra. Tudo nasce para depois morrer e se transformar em energia para o ambiente novamente. O ciclo funciona em harmonia - ou deveria. O ser humano cada vez mais desequilibra essa balança e torna difícil para os serviços ecossistêmicos suportarem ou se recuperarem.
  8. Feb 2021
    1. Há uma anorexia emocional que as pessoas só pautam as próprias vidas na medida em que olham a vida do outro. O esvaziamento da vida pode se dar pelo uso e abuso da rede social
    2. Hoje temos muito disso, porque estamos muito distraídos com as pautas morais e ficamos presos aos julgamentos e não à capacidade de pensar, de criticar.
    3. O desconforto e o contraditório têm que existir em uma sala de aula, e não ir na rede social e ler exatamente o que eu penso e o que eu gosto, porque, além de me identificar com isso, eu acabo por exorcizar o outro. Daí surgem os discursos de ódio que tanto vemos nas redes sociais.
    4. Assim como a tecnologia invadiu a família, o trabalho invadiu os lares, não sabemos mais os limites e ficamos muito partidos. E quando estamos partidos adoecemos, pois ficamos desconectados de nós mesmos e infelizes. O trabalho tem uma função social na vida do homem importantíssima, deveria ser vivido como uma fonte de prazer e não deve estar misturado na relação com a família.
    5. Não existem fórmulas, mas quando o sujeito estiver tomado pela angústia, e se essa angústia for maior do que ele suporta, acho que é o momento de reavaliar a vida e pedir ajuda. Quando a angústia interfere na vida da gente, seja no trabalho ou nas relações familiares e amorosas, é a hora de parar. O problema é que quando temos uma subjetividade anestesiada, conforme falamos no início, ela adoece sem perceber.
    6. Normalmente quando a criança usa excessivamente jogos e celulares é porque a família também tem esse uso. Muitas vezes uma mãe dá o smartphone para a criança porque lhe falta tempo para cuidar. E falta mesmo. Então, acho que a família deve rever a própria postura em relação ao tempo dedicado aos filhos.
    7. O alerta entra na nossa vida quando não conseguimos mais nos conectar efetivamente com o outro, quando eu não consigo mais estabelecer um momento de estudo para uma criança, quando não consigo estabelecer para o adolescente um momento de conversa, quando não consigo ter com o meu parceiro ou com os meus amigos um momento de diálogo. O celular hoje é uma prótese, não conseguimos mais viver sem, mas temos que saber utilizar.
    8. A outra coisa que percebemos, especialmente em sala de aula, quando o aluno mexe no celular, é que não ficamos inteiros nas relações. Ficamos divididos quando estamos em uma conversa presencial e pegamos o celular para checar as mensagens do WhatsApp.
    9. Cada vez mais vamos às mídias sociais em busca de um igual, de uma identidade que venha a nos confortar. E, na maioria das vezes, eu percebo que as mídias sociais vieram anestesiar as pessoas.
    10. Como fica o limite entre trabalho e lazer, já que as demandas por WhatsApp e e-mail extrapolam o horário comercial?
    11. O Brasil é um dos campeões mundiais em tempo de permanência na internet: está em terceiro lugar. O internauta brasileiro fica, em média, nove horas e 14 minutos por dia conectado. O número, levantado pela Hootsuite e We Are Social
  9. Nov 2020
    1. “algumas das imagens podem ser consideradas meramente charmosas ou ingênuas se não entendemos o seu assunto. Achamos difícil conciliar isso [o tema político] com o óbvio cuidado e alegria no uso de materiais”

      Guy Brett

    2. As cores alegres e a visualidade emotiva do seu Éden perdido encobrem símbolos de resistência pessoal e coletiva, de uma mulher, negra, pobre, semianalfabeta, no Brasil dos anos 1960 e 1970
    3. as telas de Maria Auxiliadora (e de alguns de seus colegas da praça da República) constituem um diário pessoal daquela que é a história do Brasil para muitas pessoas: o exílio físico e simbólico da população afrodescendente, e a diluição do número e da importância dos espaços de culto afro-religioso, em plena ditadura militar no Brasil (1964-85)
    4. “as expressões populares são a imagem embrionária de um movimento de grupos de pessoas em todo o mundo para tornarem-se visíveis em seus próprios termos, para se representarem”

      Guy Brett

    5. Meus primeiros óleos, em 1968, eram chapados, sem relevo. No começo de [19]68 não havia relevo, mas nos fins de [19]68 eu comecei a fazer relevo com cabelo. Primeiro usando o próprio óleo para fixar, porque nessa época eu não conhecia a massa da Wanda. Pegava a tinta bem grossa e imprimia o cabelo no meio da tinta. Eu pegava cabelo natural, muitas vezes o meu mesmo, pois muitas vezes eu pinto crioulos. Tive essa ideia quando estava pintando um quadro grande de candomblé, em 1968.
    6. Apesar de distintas, as duas publicações fazem parte do esforço do meio cultural brasileiro em renovar a crítica de arte, dando-lhe instrumentos capazes de abordar as particularidades e os desafios das produções populares. Se a publicação de Flávio de Aquino, de viés linear e historicista, contextualiza alguns desafios estéticos daquele período,[32] e se refere ao trabalho de Maria Auxiliadora como “uma das mais excepcionais manifestações artísticas de pintura primitiva, não apenas no Brasil, mas mesmo no mundo”,[33] é contudo em Mitopoética de 9 artistas brasileiros que se desenha uma abordagem inovadora das “artes do povo”.
    7. Mitopoética de 9 artistas brasileiros (1975), de Lélia Coelho Frota, e Aspectos da pintura primitiva brasileira (1978), de Flávio de Aquino (1919-1987).
    8. [A sua pintura] exalta uma felicidade descritiva e vibrações de cores vistosas […], narra a religião dos ancestrais […] é concebida com a mesma preocupação de uma dona de casa que, recebendo visita quer que tudo esteja em ordem.

      Pietro Maria Bardi

    9. Autorretrato com anjos (1972) e Ateliê da artista e família (1973), ambos da pintora, evocam os impasses das suas projeções pessoais como artista.
    10. Das paisagens bucólicas do cotidiano das roças às autorrepresentações na condição de “artista” de certo prestígio, Maria Auxiliadora traça o itinerário individual de superação de todo o tipo de condicionalismos.
    11. Para Bardi, a arte provinda de indivíduos das camadas populares, “realizada pelos negros, indígenas e mulheres imigrantes do Nordeste do Brasil, personagens colocados às margens na sociedade brasileira”,[21] era a expressão de “uma situação de pobreza e isolamento”, porém sem se ver aí um tom de “denúncia ou de crítica ao processo histórico que a havia gerado, antes pelo contrário, de valorização de um saber, ponto de partida para a criação”.
    12. É a “cultura popular” que pode desafiar a “autonomia estética”, uma “convenção artística fundamental da modernidade”.[15] Assumindo um caráter eminentemente político, as culturas populares violam “os ideais de pureza e integridade”, que caracterizam a obra de arte autônoma, e desarranjam as hierarquias com as quais a “arte erudita” insiste em operar. Para Shusterman, a cultura popular tem a capacidade de disseminar-se na vida cotidiana e operar como um “estímulo a uma reforma construtiva” do homem, ao invés de permanecer como um “simples ornamento” ou uma “alternativa imaginária para o real”
    13. No Brasil, o poder de colonialidade do projeto moderno não só assegurou a hegemonia das formas abstratas, construtivas e geométricas, como também dificultou a inscrição das artes “outras”, afirmando sua subalternidade face à arte erudita.
    14. De saída, refira-se a profusão linguística, ou seja, a abundância de categorias — arte ingênua, popular, virgem, espontânea, ínsita, visionária, outsider, naïf, brut, raw, folk etc. — que envolve estes tipos de trabalho. Sem se ajustarem de modo cômodo às produções a que fazem referência, tais categorias sustentam um ponto de vista redutor e acabam por opacificar as qualidades expressivas dos objetos e das obras.
    15. Em algumas dessas manifestações artísticas do início do século 20, em que o primitivo e o moderno se entrelaçam mais intimamente, sente-se o sentido mais agudo das contradições internas da sociedade ocidental. O primitivismo estava relacionado de maneira paradoxal ao questionar os pressupostos da sociedade capitalista e industrial: contestar a ideologia do progresso, ao mesmo tempo em que desejava ardentemente um mundo novo e o fim dos antigos privilégios e preconceitos.[5]

      Guy Brett

    1. A pintora mineira, de Campo Belo, filha mais velha de uma lavadeira (que nas horas vagas bordava e esculpia em madeira) com um trabalhador braçal em ferrovia, nasceu em 1935 e cresceu numa família de 18 irmãos. Entre a obrigação de tingir as linhas que a mãe usava para bordar e os desenhos que fazia em carvão nas paredes de madeira da casa, ia descobrindo os tons do colorido e uma forma de se relacionar com o mundo através de imagens.

      Como ela começou a pintar

    2. O câncer generalizado lhe corroía o corpo e ela tentava combatê-lo pintando. Imprimia na tela seu tormento e sua expectativa de passar a eternidade entre anjos. Depois de várias cirurgias, faleceu em 1974. Suas pinturas, produzidas em apenas sete anos de vida, estão em museus, galerias e em importantes coleções no Brasil e fora dele. Sob o travesseiro, na cama em que morreu, havia uma obra inacabada. Pintou até os últimos instantes, jamais se acomodou diante da miséria ou da dor.
    3. Integrou a geração que implantou, no início dos anos 70, as “feiras hippies” na Praça da República, em São Paulo, e no Embu.
    4. Seus quadros eram uma espécie de diário, onde registrava as lembranças do trabalho na roça, cenas familiares, as festas, o candomblé e os folguedos populares.
    5. Mudar para São Paulo não melhorou muito a qualidade de vida daquela família enorme, mas deu à Auxiliadora a oportunidade de vivenciar a efervescência artística que, nos anos 60, girava em torno do poeta, teatrólogo e agitador cultural, Solano Trindade, numa cidadezinha próxima da capital, que foi rebatizada de Embu das Artes.
    6. a obra, com traços quase infantis, está na fronteira entre o naif (primitivismo) e a arte bruta, fora do condicionamento cultural e do conformismo social
    1. om pedido de uso emergencial da vacina contra a covid-19 na agência regulatória de medicame

      huhijmimjo

    1. Uma técnica singular se tornou sua assinatura: mediante uma mistura de tinta a óleo, massa plástica e mechas do seu cabelo, a artista construía relevos na tela.
    2. Aqui, podemos pensar no argumento feminista de Carol Hanisch nos anos 1960: “o pessoal é político”. Num contexto e numa cultura em que, na história da arte, as coleções de museus são dominadas por representações e gostos eurocêntricos, brancos e elitistas, a obra de Maria Auxiliadora ganha o sentido de resistência.
    3. umbanda e orixás é central em sua obra
    4. procissões e as festas juninas, a capoeira, o bumba meu boi, o carnaval de rua, o samba, os botecos, os bailes de gafieira
    5. a própria Maria Auxiliadora se coloca nos papéis de artista, em plena atividade, mas também de noiva ou de enferma (aos 39 anos, faleceu em decorrência de um câncer)
    6. cortejo e a conquista, refletindo, assim, sua perspectiva romântica
    7. imagens do trabalho e da vida no campo
    8. parques de diversões, praça, bar, cinema e escola
    9. o cotidiano é registrado e celebrado em situações marcadas pelo afeto e pela intimidade, especialmente em reuniões realizadas entre mulheres.
    10. Após um longo período de esquecimento (a última grande exposição individual de Maria Auxiliadora aconteceu em 1981, no MASP)
    11. arte naïf

      Termo francês que designa uma arte popular e espontânea. Usado para artistas autodidatas que criam suas técnicas originais, ao invés de utilizarem as tradicionais. "Naïf" significa 'ingênuo" em francês - pronúncia parecida com o "naive" do inglês.

    1. “A obra de Maria Auxiliadora não é política como um manifesto, mas como materialização da expressão pessoal de uma mulher negra que encontra sua voz olhando para perto, para si e para os seus, ao tratar de seus desejos e de sua inserção no mundo”, escreveu Renata Bittencourt, diretora do Instituto Brasileiro de Museus do Ministério da Cultura, em livro sobre a artista a ser lançado com a exposição.

      O livro tem o mesmo nome da exposição: "Maria Auxiliadora: vida cotidiana, pintura e resistência". Foi escrito por vários outros autores além de Renata.

      Adriano Pedrosa; Amanda Carneiro; Artur Santoro; Fernando Oliva; Frederico Morais; Isabel Gasparri; João Candido Galvão; Karen E. Quinn; Lélia Coelho Frota; Lilia Moritz Schwarcz; Lucienne Peiry; Mário Schenberg; Marta Mestre; Mirella Santos Maria; Pietro Maria Bardi; Renata Bittencourt; Renata Aparecida Felinto dos Santos; Roberto Canduru

    2. ostracismo

      Afastamento, exclusão, repulsa Uau, harsh

    3. arrefeceu

      Mesmo que esfriar

    4. Pietro Maria Bardi (1900-1999), o icônico diretor do Masp, publicou um livro sobre ela em quatro idiomas.

      FONTEEEEE Seria, se estivesse vivo, masss, tem um livro sobre ela, chamado Maria Auxiliadora da Silva. Provavelmente é uma biografia.

    5. Fernando Oliva

      FONTEEEEEEE - Curador da exposição "Maria Auxiliadora: vida cotidiana, pintura e resistência" no MASP em 2018

    6. Fernando Oliva, curador da exposição. “Esse tipo de perspectiva é preconceituosa, pois reduz, delimita e contamina a relação direta que o público pode ter com a obra da artista. Maria Auxiliadora não é só uma grande artista autodidata, ela é uma das maiores artistas brasileiras do século xx.”

      Ele é justamente contra essa mania de olhar só a vida da artista, desconsiderando a obra - o que o autor da matéria chama de "visão hagiográfica" Mas eu acho que o ruim mesmo não é falar só da vida dela, mas falar da vida dela justamente por acreditar que a arte dela não tem técnica, é "infantil", "primitiva" ou "popular", como descrita no outro jornal, e por isso, não vale a pena discorrer sobre.

    7. Como pintora, produziu obra singular, avessa ao bom gosto convencional e atravessada pelo protagonismo dos corpos negros e das tradições culturais e religiosas afro-brasileiras.
    8. A ausência de formação acadêmica e o não domínio de técnicas tradicionais de pintura — perspectiva, volume e claro-escuro — colaboraram para que sua obra fosse coberta de rótulos como “primitiva”, “popular” ou “naïf”, títulos reservados a artistas autodidatas e inclassificáveis, que acabam confinados na periferia do mercado de arte.
    9. hagiográfica

      Estudo da vida dos santos?? Uma biografia puxa-saco